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CAPÍTULO 3: O interroga (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 019

CAPÍTULO 3: O interroga (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 018

CAPÍTULO 3: O interroga (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 017

CAPÍTULO 2: O interrogatório a Diane (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 016

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O detetive Tracy e o detetive Welch iniciaram o interrogatório à testemunha com perguntas simples: Qual o seu nome completo? Diane deu o seu nome completo: Elizabeth Diane Frederickson Downs. Nasceu a 7 de Agosto de 1955 e ia fazer 28 anos em dois meses. Mudou-se para a zona de Eugene-Springfield, em Oregon, apenas há sete ou oito semanas. Toda a vida viveu no Arizona, trabalhando na entrega de cartas no serviço postal à dois. Divorciou-se do seu primeiro e único marido, Stephen Duane Downs , também de 28 anos, ainda em viver em Chandler, Mesa, no Arizona. Alegadamente o casal discutia bastante e Stephen batia-lhe.  Os pais de Diane, XXX e XXX tinham-lhe implorado para que se mudasse para perto deles, o que fez, para lhes dar uma oportunidade de ficar mais perto dos netos. Uma vez que o pai era diretor dos serviços postais locais, este ajudou-a a pedir uma transferência e continuar no mesmo emprego. A filha Christie nasceu a 7 de Outubro de 1974. Era a que viajava no carro vermelho N

CAPÍTULO 2: Comunicação de morte (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 015

  Dick Tracy  esperava encontrar uma mãe muito abalada e histérica. Ao invés disso, percebeu uma mulher muito racional, considerando as circunstâncias. Tracy já tinha visto todo o tipo de reações a perdas e desastres. Não conhecia a mulher nem o seu pai, que parecia tão estoico quanto a filha. Não ia presumir como reagiriam quando toda aquela "dormência" do choque começasse a esvanecer. Com ansia de chegar rapidamente ao hospital, pisou mais intensamente no pedal do acelerador do veículo.  Faltavam dois minutos para a meia-noite quando Diane Downs e o pai voltaram a entrar pelas portas do McKenzie-Willamette e são conduzidos para a sala de raio-x. Após o scanner ao braço, o Dr. Mackey aproximou-se protetivamente de Diane, para lhe confidenciar, respeitosamente e zeloso, que a criança mais nova, Cheryl Lynn, havia falecido. Na verdade, já tinha chegado ao hospital morta. A expressão no rosto de Diane era impossível de ler. Pareceu ter ali um brilhozito de emoção mas depressa p

CAPÍTULO 2: Detectives de Lane County: Dick Tracy (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 014

  Dick Tracy tinha quase duas décadas de experiência a mais que Roy Pond e Dough Welsh. Cabelo branco-grisalho, olhos claros azuis, elegante, astuto ou saloio - tinha a capacidade de se apresentar conforme o requisito. Tal como Welch, também ele não tinha planeado tornar-se policial. Nem gostava da polícia quando era mais novo. Contudo, ali estava ele, com quase um quarto de século investido na profissão. Nesse tempo, não teve nenhuma investigação de homicídio que tenha ficado por resolver.  Quando chegou ao Hospital, ainda não tinha saído do automóvel quando Louise Hince aproximou-se da janela e lhe disse que a família aguardava por ele na loja de conveniência E-Z Mart. Também tinham disparado sobre a mãe, uma menina tinha falecido e outras duas estavam em estado crítico. Soltando um suspiro, Tracy dirigiu o carro para noroeste.  - " O Dick vem aí com a mãe das crianças ". - diz Louise Hince ao detetive Welch. " Quero que estejas com ele na interrogação ". Detecti

CAPÍTULO 2: Detectives de Lane County: Dough Welch e Roy Pond (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 013

  Naquela noite de quinta feira de 19 de Maio de 1983, o relógio marcava 23 h15 m quando os detetives de Lane County, Dick Tracy, Doug Welch e Roy Pond foram chamados a comparecer ao Hospital McKenzie Willamette. O procedimento era sempre o mesmo: primeiro chamava-se a polícia, depois o departamento do Governador caso precisassem de emitir um mandado de busca ou outro tipo de auxílio legal. (...) Pela pouca informação que receberam, os detetives contavam deparar-se com crianças apanhadas em fogo cruzado entre vizinhos rivais, a apresentar ferimentos ligeiros, os quais precisavam ser bem fotografados para serem entregues a um procurador geral. Era o que o detetive Dough Welch menos gostava: instruir crianças com ferimentos a ficarem quietas debaixo de luz forte para que a imagem detalhada e ampliada de seus ferimentos seja registada e preservada para a posterioridade legal. Antes de sair de casa naquela quase meia-noite, Welsh foi espreitar os seus dois filhos, que dormiam no quarto

CAPÍTULO 2: Analizando o local do Crime (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 012

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  Quase a chegarem à parte do percurso em que a estrada de Mohawk reconecta-se com a de Marcola, Diana diz: -" Aqui". "Estamos bem perto. Foi aqui ".  A estrada tinha estreitado para uma faixa, sem possibilidade de dar meia-volta, na escuridão só se via, ocasionalmente, o branco do marco dos quilómetros da sinalética. Os arbustos eram espessos, uma neblina causada pela presença próxima do rio e árvores de Abeto... um local sombrio. O mais isolado e afastado de toda a estrada. Que assustador deve ter sido para uma jovem mulher e três crianças ao se depararem naquele lugar de penumbra com um homem armado - pensou o policial.  Pai e filha espreitam pelo vidro da viatura mas não avistam ninguém. Claro que não. Por aquela altura, qualquer indivíduo teria tido amplo tempo para fugir. Ainda assim, o trio perscrutou a noite, procurando movimento pelos pastos, sombras...  Policias da cidade de Springfield já se encontravam pelos campos e pela estrada a trabalhar com um cão

CAPÍTULO 2: Localizando o local do Crime (Ann Rule, Pequenos Sacrifícios, 1987) - 011

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Seguindo as indicações de Diana, o sargento Rutherford foi passando por marcos geográficos que cada vez mais afastavam o local do incidente de Springfield. Edifícios e fábricas desapareciam, até só restar paisagem selvagem. Quando a viatura policial atravessava a ponte Hayden sobre o rio McKenzie, Diana comenta: - Foi aqui que a Christie parou de sufocar. Aqui, em cima   da Pon te. - Estas palavras trouxeram um arrepio ao policial.   Chegados a uma intercepção, o sargento olha para Diana, procurando direcções. Há direita, estava a estrada de Camp Creek, de percurso em zig-zague, constantemente bifurcada até ir dar a lado algum. À esquerda, a estrada Velha Mohawk, de duas faixas, que quilómetros à frente voltaria a ligar-se à de Marcola, onde se encontravam.  A referida estrada segundo imagem de satélite. Parece que pouca coisa mudou desde 83 para 2024. Era a penas uma estrada secundária para acesso residencial, bem afastada daquela usada regularmente para circular entre Springfield e